O conceito de beleza do Século XXI têm influências de civilizações da Grécia Antiga. O que pode ser considerado belo? Se você já pensou nessa pergunta, saiba que a mesma fazia parte dos questionamentos e reflexões dos filósofos da Grécia Antiga.
Ainda sobre o conceito de beleza existe a tentativa de alcançar o entendimento sobre a estética e a beleza das coisas, alguns pensadores também buscavam conceituar de forma clara seu significado. A Clínica de Pele | Dr.Szerman retoma um pouco da história da cultura ocidental e mostra como ela se cruza com as noções sobre estética e beleza nos dias de hoje. Confira!
Conceito de beleza vem do Grego
Para refletir sobre o conceito de beleza, retomamos a concepção de belo na filosofia grega. Os gregos entendiam que o equilíbrio das formas, pensado de uma maneira matemática, era sinônimo de perfeição e seria considerado algo esteticamente belo.
O belo se tornava uma questão para Aristóteles, Platão, Sócrates e outros pensadores, que entendiam que a vida e arte eram regidas pelo:
- Equilíbrio
- Simetria
- Harmonia
- Proporcionalidade
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Esse conceito de beleza até hoje regem as noções sobre o tema. A arte era uma das maneiras de representação desse imaginário que se criava sobre a beleza na Grécia Antiga. As famosas pinturas gregas e a arte cerâmica indicavam essa preocupação com a forma.
A escultura grega Vênus de Milo, representava o padrão de beleza clássico (proporção áurea)
A Proporção áurea definiria a forma exata do belo. O conceito clássico criado pelos gregos, representa de forma numérica o que eles consideravam ser figuras harmoniosas. A conta era simples e o valor era de aproximadamente 1.6180. Esse número era obtido quando o resultado da divisão de A por B seja igual ao resultado da divisão da linha inteira (A+B) pela parte maior (A).
A proporção áurea pode ser encontrada em diferentes elementos na natureza e indicava para os gregos quanto uma pessoa era bela.
Essa forma clássica de perceber o belo aparece nas questões estéticas no período Renascentista entre meados do século XIV e o fim do século XVI. Naquele momento, o padrão estético greco-romano voltava a definir a construção do humano, que se tornava cada vez mais uma figura bela, boa, poderosa e objeto de estudo da época.
Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci (1452 – 1519), representa o ideal clássico do equilíbrio, da beleza, da harmonia e da perfeição das proporções do corpo humano.
Não há só uma concepção do que é belo
No livro A história da Beleza (2004), o autor Umberto Eco fala sobre os percursos do significado do belo na história da arte no ocidente. Nas passagens de sua obra, o autor pontua que as influências culturais e transformações da sociedade são fatores que alteraram a noção de belo.
No período do Romantismo, os padrões clássicos do belo foram rompidos e o indivíduo tinha mais liberdade para criar e expressar a sua arte. Já nos estilos artísticos que apareciam na Arte Moderna (cubismo, impressionismo, futurismo…), as expressões artísticas do belo se destacavam ainda mais de concepções anteriores e os artistas procuraram novas formas de expressão nas cores e formas.
Corpos de mulheres representados por linhas irregulares e deformadas. Imagem: Les Demoiselles d’Avignon’’, de 1907, Pablo Picasso
Ainda para Umberto Eco, o senso estético pode ser entendido como construções históricas que criaram preconceitos. Como exemplo, o autor fala sobre às Bruxas, que foram perseguidas pelo motivo de serem consideradas feias, com aspecto desagradáveis. As bruxas eram entendidas como inimigas a serem combatidas, porque tudo que era feio, as pessoas não deveriam gostar. Por muitos anos, o belo e o bem foram associados.
A beleza está nos olhos de quem vê?
Para outros autores que discutiam essa problemática, como David Hume, a beleza se encontrava nas condições de recepção do sujeito. O filósofo escocês empirista acreditava que a experiência das pessoas determinavam como elas entendiam a beleza. Partindo dessa ideia, cada cultura, cada povo, cada contexto, cada vivência é diferente, assim, o conceito de belo pode variar.
O filósofo ainda concluiu que a beleza não é uma qualidade das próprias coisas. Ela existe apenas no espírito que as contempla e cada espírito percebe uma beleza diferente.
Por fim, observando esse olhar de Hume, podemos considerar que não existe uma beleza única. Na atualidade, ainda que seja um desafio olhar o belo por uma ótica plural, cada vez mais existem questionamentos acerca desse tema.
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