A hiperidrose axilar acomete de 1 a 5% da população. Embora não seja uma condição grave, sua ocorrência gera bastante desconforto, afetando o bem-estar e atrapalhando a vida social e profissional de homens e mulheres
As glândulas sudoríparas são as responsáveis pela hiperidrose. Os locais mais afetados pela hiperidrose são o couro cabeludo/rosto, mãos, axilas e os pés.
Recebemos com grande frequência pacientes com desejo de tratar a hiperidrose axilar.
Veja a seguir se existe tratamento para hiperidrose axilar e na sequência as dúvidas mais frequentes sobre o assunto!
1. O que é a hiperidrose axilar?
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a Hiperidrose Axilar é uma doença que tem como principal sintoma a presença de suor excessivo que ocorre em função da hiperatividade das glândulas sudoríparas, geradas muitas vezes sem causa aparente. Este problema tem origem genética ou patológica.
Geralmente, a hiperidrose costuma ficar mais intensa em períodos de calor intenso ou estresse emocional. Mas, via de regra, pessoas com hiperidrose transpiram a todo momento.
2. Quais são os tipos de hiperidrose?
A Hiperidrose de tipo primária começa ainda na infância e adolescência com ocorrência de predisposição genética e concentração do suor excessivo principalmente nas regiões dos pés, mãos e axilas. Pode acontecer, mas de forma menos comum, em face e couro cabeludo.
O segundo tipo de Hiperidrose é a secundária, que pode ser adquirida em qualquer momento ao longo da vida por fatores externos acometendo diversas áreas do corpo.
Podemos citar alguns fatores externos e doenças: linfomas, diabetes, efeitos colaterais de uso de medicamentos, alcoolismo crônico, transtornos de ansiedade, neoplasias, menopausa, infecções, doenças cardíacas ou febris e alterações hormonais.
3. Quais as consequências da hiperidrose?
A doença não é grave, porém pode trazer complicações para a vida de seus portadores, atrapalhando e dificultando tanto a vida pessoal quanto a vida profissional.
Os riscos estão principalmente associados a desenvolver baixa autoestima, estresse emocional, transtornos psicológicos como depressão e ansiedade decorrentes desses episódios de suor excessivo ou constrangimento social.
Em consequência do suor excessivo, pode ter o aparecimento de outras doenças de pele como eczemas, dermatite atópica, infecção fúngica, foliculite, acne, frieiras, bem como a presença de odores desagradáveis.
4. O que fazer para diminuir a hiperidrose axilar?
A toxina botulínica é considerada um dos procedimentos alternativos à cirurgia mais eficientes no tratamento para hiperidrose axilar por atuar diretamente na causa do problema.
5. Como o Botox age?
Sua ação inibe a acetilcolina, neurotransmissor que regula a produção de suor.
Com isso, ao injetar a toxina botulínica na região da axila, há uma interrupção temporária da produção de suor na região, eliminando aquela sensação desagradável de transpiração excessiva na região.
6. Como o tratamento da hiperidrose evolui?
A aplicação da toxina botulínica deixa tanto o nervo, como a glândula de suor íntegros. Assim, após um período de tempo, a ação da Toxina Botulínica em inibir a acetilcolina vai perdendo força e o estímulo nervoso retornando.
Este é o momento oportuno de se repetir o procedimento.
7. O tratamento da hiperidrose dói?
Os pacientes costumam tolerar muito bem o tratamento. Utilizamos uma pomada anestésica local antes da aplicação, o que torna o procedimento mais confortável para a maioria dos pacientes.
8. Quais resultados devem ser esperados com o Botox?
Os resultados costumam ser muito bons, com grande redução do suor e alto grau de satisfação dos pacientes. Muitos pacientes costumam se sentir “protegidos” com a aplicação da toxina e com isso conseguimos diminuir o gatilho emocional que contribui para o aumento da sudorese.
Desta forma, muitos pacientes só necessitam retornar ao tratamento após 10 meses ou quase 1 ano para uma nova aplicação.
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